Enfermeiro: quanto ganha, o que faz, nível escolar e outras exigências

Desde funções administrativas até cuidados paliativos com pacientes, o Enfermeiro é responsável por diferentes atividades no campo da Saúde.

Para além dos cuidados paliativos com pacientes em hospitais, o trabalho do Enfermeiro envolve outras responsabilidades e ocupações. Desse modo, a descrição básica da profissão envolve o planejamento e a execução do tratamento de doenças, bem como do cuidado ao ser humano.

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Sendo assim, inclui tanto o paciente enquanto indivíduo quanto a família, a comunidade ou um grupo específico. No entanto, existem diferentes funções dentro dessa profissão, tendo em vista principalmente que, no Brasil, o Enfermeiro pode ter formação técnica, tradicional ou especializada.

Curiosamente, a Enfermagem é um ramo cuja origem é exclusivamente feminina, em especial pela relação próxima com a maternidade. Somente a partir do século XIX, a prática de cuidados e atenção com enfermos passou a ter bases científicas e técnicas.

Sobretudo, a fundamentação teórica da área aconteceu por ação de mulheres durante o período de guerras.

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O que faz o Enfermeiro?

Como citado anteriormente, a base da atuação profissional é o cuidado com as pessoas. Nesse sentido, o Enfermeiro atua tanto com a assistência ao paciente como no gerenciamento dessas pessoas. As atividades rotineiras envolvem:

  • Realização de exames;
  • Acompanhamento dos principais indicadores da saúde;
  • Mudança das acomodações hospitalares;
  • Auxílio na troca de curativos, banho e alimentação;
  • Assistência em cirurgias;
  • Preparação dos pacientes para exames, consultas e cirurgias;
  • Supervisão de equipes de Enfermagem;
  • Atualização de prontuários médicos;
  • Preparação de instrumentos para cirurgia;
  • Cuidados no pós-operatório;
  • Administração de medicamentos.

Portanto, existe atuação em funções administrativas e também na área da saúde. Mais recentemente, a pandemia expandiu as atividades através do desenvolvimento tecnológico nas práticas médicas, como teleatendimento e cirurgias robóticas.

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Sendo assim, a Enfermagem é uma área em constante atualização e mudança, e cabe ao profissional acompanhar esse processo. No geral, existe a possibilidade de atendimento familiar e domiciliar, pois como dito anteriormente, esse profissional atende tanto aos pacientes quanto às famílias e comunidades.

Por decorrência dessa amplitude de tarefas, as áreas mais comuns de atuação do Enfermeiro são:

  • Emergência;
  • Resgate;
  • Obstetrícia;
  • Centro Cirúrgico;
  • Pediatria;
  • Psiquiatria;
  • Saúde Pública;
  • Clínica Geral.

Qual é o perfil do Enfermeiro?

A profissão é regulamentada por lei no Brasil, de modo que seja necessário fazer um curso de graduação em Enfermagem para atuar na área. Porém, a formação só é válida se for em uma instituição de ensino superior com respaldo do MEC.

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Apesar disso, existem diferentes caminhos a partir da formação. Nesse sentido, a divisão mais comum é a de Enfermeiro, Auxiliar em Enfermagem ou Técnico em Enfermagem. Por um lado, o Auxiliar de Enfermagem deve ter o ensino fundamental completo e adquirir o diploma para essa profissão através de um curso básico, que costuma durar em média um ano,

Desse modo, passa a atuar em tarefas rotineiras e menos complexas, sob a supervisão de um Enfermeiro. Comumente, é responsável pela preparação dos pacientes para exames, cirurgias e consultas, assim como a desinfecção e esterilização dos espaços médicos.

Por outro lado, o Técnico em Enfermagem é aquele que possui diploma do curso técnico, com duração média de dois anos. Nessa função, o profissional atua com nível básico e médio de cuidados, sendo responsável por aplicar vacinas, administrar medicamentos e fazer curativo.

Apesar disso, o Técnico em Enfermagem tem a possibilidade de trabalhar nas UTIs e unidades de pós-operatório, também sob a supervisão de um Enfermeiro graduado e licenciado. Ou seja, na hierarquia das funções, é o Enfermeiro que ocupa o maior nível de hierarquia e autoridade.

No geral, o Enfermeiro e profissional de Enfermagem precisam saber trabalhar em equipe, além de lidar bem com pressão, imprevistos e ser responsável. A empatia e comunicação interpessoal é fundamental, especialmente por se tratar de uma profissão em contato constante com pessoas diferentes.

No mais, a organização, espírito de liderança e disciplina são características importantes para o cotidiano profissional. A partir dessas características é possível se adaptar às diferentes áreas e demandas.

Como é o mercado?

Em média, um Enfermeiro ganha R$ 3,4 mil no mercado de trabalho brasileiro, com valor estabelecido a partir de uma jornada de trabalho de 38 horas semanais. Portanto, a faixa salarial varia entre R$ 3,1 mil e R$ 6,5 mil. Isso de acordo com o nível de experiência e qualificação do profissional.

A nível de comparação, estima-se que o Técnico em Enfermagem receba, em média, R$ 1,7 mil enquanto o Auxiliar de Enfermagem recebe aproximadamente R$ 1,1 mil. Além disso, é mais comum encontrar vagas de emprego para Enfermeiro em São Paulo, assim como na cidade do Rio de Janeiro, Salvador e Brasília.

Apesar disso, uma pesquisa do eSocial mostrou que a contratação de Enfermeiros com carteira assinada em regime integral de trabalho sofreu uma queda de 16,78% entre janeiro e dezembro de 2021. Como consequência, os profissionais têm buscado por concursos públicos para órgãos municipais, estaduais ou federais.

Curiosamente, os Enfermeiros concursados recebem cerca de 5% a mais, em comparação com profissionais do setor privado. Além disso, a jornada de trabalho é de duas horas a menos, com maior possibilidade de flexibilidade através da escala e contratação no regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

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