A paixão em meio à guerra dos concursos

Em meio à guerra pela aprovação, Alex Viégas descobriu que concurso público era algo apaixonante. Confira como foi a trajetória deste concurseiro vencedor, que hoje é Auditor-Fiscal da Receita Federal, e inspire-se!

O combustível fundamental para enfrentar a guerra pela aprovação em um concurso é a motivação. Com esta afirmação, o concurseiro vencedor Alex Viégas resume aquilo que o fez chegar à carreira de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, lotado em Belém, no Pará. No ano que antecedeu essa aprovação, Alex vivia algo até inusitado: “antes de ser aprovado, eu não sabia o que era Fiscal da Receita. Não tinha a menor ideia de como eram estes concursos e como se fazia para passar. Era totalmente leigo mesmo. Meu sonho era ser jogador de futebol (até hoje minha maior frustração). Depois fiquei algum tempo perdido até encontrar a estrada dos concursos”.

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Aliada à motivação, vem o trabalho duro a ser desenvolvido nessa “estrada”. Trata-se de um trabalho que só pode mesmo ser encarado quando o concurseiro levar a sério o que está por trás destas três palavras: “Disciplina, Objetividade e Método”.

Nesta entrevista-depoimento concedida ao Concursos no Brasil, Viégas, que também é autor do livro “Manual de um Concurseiro”, nos conta um pouco da sua trajetória de lutas intensas, mas também de boas vitórias e excelentes aprendizados. Hoje, ele se orgulha do fato de que o assunto “concurso público” tenha se transformado numa paixão, ao ponto de ter ciência de que sua trajetória de vida daria para fazer outro Manual.

A motivação imprime realidade aos nossos sonhos

“Primeiramente me decepcionei com as empresas privadas ainda quando estagiário. Em 1997 fui camelô, vendendo cerveja na porta do Maracanã, lugar que por anos amei frequentar como torcedor, mas é a vida. Trabalhei como estagiário, digitador freelancer, e, em 1997, comecei a trabalhar com eventos, o que sustentou os cursinhos que precisei pagar para começar absolutamente do zero nos concursos”, conta.

Alex Viégas faz questão de destacar a importância da constância nos estudos para alcançar o objetivo, algo que se desenvolve de maneira precisa quando o concurseiro encontra, dentro ou fora de si, a motivação de que necessita – ela é o “combustível” capaz de imprimir -  aos poucos - realidade aos nossos sonhos

 “Manter os pensamentos que originaram essa vontade de ser aprovado, isso é muito importante. O caminho é longo, cheio de decepções e incertezas, mas quem persiste com garra e esperança, aliando disciplina e paciência, alcança objetivos até superiores aos que imaginou no início da caminhada”, relata o servidor público concurseiro.

Em seu livro, Viégas destaca que a Disciplina, a Objetividade e o Método são as bases para o sucesso. Aqueles que demonstram ter a resistência de garantir os pensamentos positivos terão mais forças para se manterem firmes na caminhada.

Qual foi a “mágica”?

Alex Viégas destaca que um método de estudo o ajudou sobremaneira. “Em 1 ano e 4 meses aconteceu a ‘mágica’. Desenvolvi um método próprio de estudar, baseado em uma reportagem [da TV] sobre o lado direito do cérebro e em uma dica de um gigante da neurociência [Lair Ribeiro], o qual dizia que passar em vestibulares era coisa de Mickey Mouse, bastava você fazer fichas das matérias estudadas. Juntei estas duas ideias e criei o método que me aprovou para Auditor-Fiscal da Receita Federal. Posteriormente coloquei este método no meu livro Manual de um Concurseiro”.

Algum leitor poderia objetar: “ora, ele só conseguiu essa façanha porque sempre foi um bom aluno, teve ‘base  ‘”. Mas não é bem assim. O autor do Manual ressalta que o mais impressionante deste método é justamente o fato de tê-lo ajudado a passa, mesmo sem nunca ter sido um aluno altamente estudioso (um "cdf"). “Pra falar a verdade, eu nem sabia que tinha a capacidade de passar em um concurso tão concorrido. Se me baseasse no aluno que fui na escola, jamais conseguiria ficar entre os aprovados”.

E o concurseiro Viégas ainda completa:

“Aí está a origem da história do meu livro. Quando me decidi a estudar para concursos, algo diferente aconteceu na minha mente, um método foi sendo criado, conhecimentos que estavam na minha mente se juntaram. Se é para ser sincero mesmo, vou dizer algo que nunca disse, acredito até em uma missão transcendental acontecendo na minha vida naquele tempo, algo que me trouxe até aqui nesta entrevista. Uma energia boa, que busca expandir o conhecimento, que visa o bem de muitas pessoas, que tem como meta o crescimento. Sinceramente acredito em um plano maior nisso tudo. Me considero uma parte dessa história. Sinto o maior orgulho quando recebo e-mails de concurseiros que conseguiram a aprovação aplicando a técnica do Manual. Tudo isso tem um sentido cada vez maior pra mim. Sinto que fará parte da minha vida até eu ficar velhinho. É um assunto que se transformou em algo muito grande em meus dias.

O método das fichas

Viégas explica que o método das fichas tem um princípio bastante simples: basta o estudante dividir o assunto em várias partes e produzir os materiais. “Completando a ideia, está a boa e velha revisão, que considero o pulo do gato, saber manter aquele conhecimento contido nos blocos de fichas em uma área de memória próxima. Com o tempo, a releitura dos blocos de fichas vai se tornando mais fluida, assim como a construção dos mesmos. Este é o sinal de que o cérebro está evoluindo naqueles conhecimentos. Isso tudo vai dando segurança a quem estuda, de repente a solução das questões chega com mais facilidade e nós sentimos o progresso de nossos esforços. É gratificante mesmo antes de chegar a aprovação”.

O tempo é o nosso aliado. As reprovações são etapas do processo

O Auditor-Fiscal lembra que o concurseiro precisa caminhar sempre com seus “aliados”. “A aplicação de um método de estudo pode criar atalhos mentais e  compreender o funcionamento da mente no aprendizado é fundamental. É necessário saber dar tempo para o crescimento da rede de neurônios, isto é, ter paciência. Disciplina é fundamental em qualquer coisa que se queira nessa vida e o preparo prévio nem tanto. Se fosse me basear nisso...”.

O período de reprovações pelo qual passou não causou nas metas de Viégas o menor abalo. “Talvez eu tenha ficado triste por uns três segundos, mas dentro de mim já existia algo diferente, parecia que eu sabia que aquilo fazia parte do caminho, que era um simples treinamento. Tinha na mente algo muito consolidado quanto às reprovações, era só uma etapa. No outro dia já estava estudando como se estivesse em um degrau acima do que passou”.

A visão de longo prazo, o investimento e o equilibro emocional também são aliados essenciais. “A grande vitória não vem tão rápido, é preciso compreender que estudar sério é um processo de transformação interior e exterior, tudo muda ao nosso redor e dentro de nós também”.

Atenção, concurseiros - guerreiros, a vida não se resume aos concursos!

A imagem de um concurseiro sisudo, voltado para os livros e recluso de tudo, de fato, não condiz com o ensinamento que a história de vida dos vitoriosos nos proporciona. Com Alex Viégas não foi diferente: houve o tempo de estudar bastante, mas nunca faltou o tempo de se entregar para a vida e, efetivamente, vivê-la. Portanto, como o próprio autor do Manual de um concurseiro enfatiza, é extremamente importante que os “concurseiros-guerreiros persistam, trabalhem as matérias do edital, mas também atentem para suas vidas como um todo, família, saúde, tempo, condicionamento físico, alimentação, religião e capacidade de ampliação do aprendizado. Assim, o objetivo será alcançado”.

Ficam as dicas. Bons estudos e sucesso a todos os Concurseiros do Brasil

Edição: Alberto Vicente e Carolina Seixas

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